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Re-existir.

  • Foto do escritor: Idylla Silmarovi
    Idylla Silmarovi
  • 3 de fev. de 2022
  • 1 min de leitura

Re-existir é teimosia. É insistir seguir viva quando nos querem ao revés. Re-existir é estratégia de viver no mundo e ao mesmo tempo construir outro.


Re-existir é como aquele matinho que brota na fresta do asfalto, que cura altos b.o do estômago mas, como quase ninguém sabe disso, acaba arrancando esse mato e jogando fora. Ainda assim, esse matinho segue brotando nas frestas das ruas e quintais da cidade grande.


Re-existir é como a insistência do Arrudas de seguir sendo rio enquanto a cidade grande o chama de esgoto. Ainda passam peixes por ali. Quando chove e alaga a regional que moro, ele insiste em mostrar sua força.


No meu bairro em Contagem tem muitas nascentes, elas teimam em nascer rompendo o cimento do "minha casa minha vida" e das grandes indústrias ao redor. Elas seguem seu caminho até ser rio apesar de tudo.


Brotar diante do (im) possível.

Re-brotar. Re-voltar. Re-criar. Re-inventar

É as bica, é as boca, é os beco.


Na peça Gota D'água diz: "Eles pensam que a maré vai, mas nunca volta. Até agora eles estavam comandando o meu destino e eu fui, fui, fui, fui recuando, recolhendo fúrias. Hoje eu sou onda solta e tão forte quanto eles me imaginam fraca. Quando eles virem invertida a correnteza, quero saber se eles resistem à surpresa, quero ver como eles reagem à ressaca".


TERRITORIO-CORPO-ARTE

de pé.

RESISTE

RE-EXISTE.


Foto de Edgar Kanaykõ Xakriabá

Na Segunda Marcha das Mulheres Indígenas, 2021


 
 
 

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