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E.C.O.S 
experimentos cênicos de orientação sudaka

E.C.O.S., é um projeto de pesquisa e experimentação idealizado pela artista no qual investiga práticas artísticas no território de Abya Yala (América) que discutem os eixos: invasão colonial, ditaduras militares e o presente político-social.

 

Com este projeto já participou de duas residências artísticas, ministrou três oficinas, realizou encontros e ministrou palestras. Também desenvolveu a série de foto-performance: "Leituras em dias de isolamento"(2020), "Levante!"(2021). Realizou as performances: "Panfletária" (2021), "Escreveremos 528 vezes" (2020), "Monumento à Guerrilheira"(2021) e "Manto Aberto sobre a alma" (2019). Também criou o vídeo performance "Ações sem um léxico de liberdade" (2020) que recebeu prêmio no Itaú Cultural (SP) e compôs programação do Circuito Municipal de Cultura (MG).

Ecos são sons que ressoam em determinado espaço e tempo. Eco levado pelo vento. Uma palavra que se repete ao infinito. Como um tambor e um maracá, eco é aquilo que ressoa.

Performances:

Panfletária

Ação realizada no Hall do Palácio das artes e na Mostra Internacional de Cabaré (PR-MG/BR) 2021/2022

Manifesto:

Me xingaram de Panfletaria, mas eu gostei e digo logo que sou.

Pan.fle.tá.ria.

Que escreve panfletos; Panfletista. Referente a ou próprio do panfleto. Figura que se vale da ironia ou da sátira para criticar ou atacar algo ou alguém; de discurso crítico, irônico, satírico e/ou mordaz. Figura que defende uma ideia, uma posição, doutrina ou movimento, etc de modo contundente e de extremada ênfase. Próprio de panfletário.

 

Invasão colonial – Ditaduras – O agora.

Ecoar processos como emaranhados. Experimentar teatralidades das lutas deste continente. Em legítima defesa.

Panfletária porque: este corpo é um campo de batalha este corpo carrega lutas este corpo está engajado este corpo é território este corpo é coletivo este corpo é político este corpo é estético este corpo é um panfleto. (no) Brasil (de) 2021 (não há como não ser panfletária).

 

(Ação panfletária de uma artista que teve como primeiro emprego distribuir panfletos nas ruas de Belo Horizonte por R$35 / oito horas de trabalho faça chuva ou faça sol e que aprendeu isso tão bem que nunca mais deixou de fazer).

Levante!

Série de foto-performance (MG/BR) 2021.

Monumento à guerrilheira

Performance realizada em espaço público (MG/BR) 2021

Descrição da ação:

Para quem são erguidas estátuas na cidade?

Monumento à GUERRILHEIRA, uma infiltração no cotidiano, ação efêmera de resgate da nossa história, para que possamos aprender com as que vieram antes de nós. Uma estátua-viva, porque nós estamos vivas, sendo semente de cada uma de outras e de tantas mulheres. Manifesto anticolonial em legitima defesa. Às que vieram, às que estão e às que virão.

Vídeo registro da ação:

Escreveremos 528 vezes

Performance no espaço público (BH/MG) 2020

Existem fatos que precisamos repetir incansavelmente, até que alguém entenda, até que entre na mente, até que atravesse os corpos. Existem fatos que são transformados em outra coisa, um encobrimento da verdade em prol de um jogo heroico, tentativa de amenizar e botar "panos quentes" diante da história.

 

12 de Outubro é celebrado por muitos como a data do descobrimento da América. De cá, saudamos os 528 anos ininterruptos da resistência indígena em nosso continente. Porque sabemos que não houve descobrimento, o que aconteceu e acontece aqui é outra coisa.

 

Ela vai até a feira carregando um rolo de papel pardo de 30 metros. 30 metros é também o comprimento das caravelas que vieram parar aqui por um erro de navegação. Esse rolo é inteiramente aberto na calçada da feira, de frente à venda de artesanato indígena. Ela liga uma caixinha de som e escuta discos inteiros de várias MC's indígenas enquanto escreve, junto de outras, 528 vezes no papel ao longo de cinco horas: "Não foi descobrimento, foi invasão, genocídio, ecocídio, destruição".

 

Ao fim dessa escrita, enrola o papel pardo, sobe a avenida Álvares Cabral e entrega todo o material produzido no Consulado de Portugal em Belo Horizonte. A nossa carta não é de achamento, mas de reivindicação da história.

 

Performance realizada em parceria com o Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas e Avelin Buniacá Kambiwá.

Vídeo teaser da ação:

Leituras em dias de isolamento

Série de foto-performance (BH/MG) 2020.

Neste série a artista elabora auto-retratos mascarados a partir de diversas materialidades. A série é um escape imagético produzido em sua casa ao longo da pandemia do COVID-19 na qual a artista relaciona a obra de uma artista com alguma leitura de artigos, textos, dramaturgias e contos que ela estava lendo no momento. Esta obra foi publicada no instagram da artista e, ali, ela contava um pouco da relação que percebeu entre as obras e autores em questão.

1 - Mundo em Wi-fi

Leitura da obra de Tamira Mantovani e Antropologia do Ciborgue, de Donna Haraway.

2 - Pronunciamento.

Leitura da obra de Lygia Pape e Achille Mbembe

3 - Aprendendo a ficar submersa.

Leituras de Vera Holtz e do poema "é preciso aprender a ficar submerso" de Alberto Pucheu.

4 - Cada grande cidade o mato vai cobrir"

Leituras de Maria Evelia Marmolejo, Ailton Krenak e João Nogueira. 

5 - Invasão.

Leitura de Victoria Cabezas e Maria Galindo.

6 - Cabeça-Dildo.

Leitura da Coletiva Vômito e Paul Preciado

7 - Manejos de higiene imunológica

Leituras da performance Ex-Machina de Marcia X  e da peça Dias Felizes de Samuel Beckett. 

8 - Barragem.

Leitura de Ana Mendieta e do Comitê Invisível.

9 - No fim, vai ficar tudo bem.

Leitura de Marta Maria Perez, Suely Rolnik e Clarice Lispector. 

Vídeo-performance a partir da série fotográfica:
Apresentado no Itaú Cultural e Circuito Municipa de Cultura.

Manto aberto sobre a alma

Performance em espaço público realizada em Ouro Preto (MG/BR) 2019.

Em deriva, ela caminha pela cidade colonial. Pára, senta-se, entra em galerias. Ela é uma aparição do ontem manifestada no presente. Um fragmento. Carrega uma caixa de som ouvindo o disco "cantos revolucionários da América Latina". Ela é um desvio, abaixo e à esquerda.

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